søndag 15. mars 2009

Towards a Hardware Communism

I start the discussion with three features: food, shelter and tools. Please help.

1. Food - Seeds: of course they are not unlimited, however they depend to a great extent on other resources – just as information is reproduced depending on other resources (hardware and human). The reproducibility of seeds (and the recombination thereafter) is therefore indefinite – there is no limit to how much can be done with them.

2. Shelter - Couchsurfing etc. Less and less houses and more mobility - shelter communism will require rethinking nuclear families living in an enclosed space and all that this entails. People could visit and do jobs with machines and hardware.

3. Tools - freecycling. There is just too much stuff, that can be recombined in different ways and the recombination can be made available to all (it's information).

søndag 22. februar 2009

Nunca fomos tão imperialistas?

O pós-colonialismo. Fluidez de discursos que se misturam, um estado de coisas multicultural que parece estar sempre para jogo, caribenhos comendo comida curda. E uma ordem econômica subjacente: aquela do trabalho. Acabou o império britânico: vamos trazer o império britânico para trabalhar em Londres. A produção capitalista precisa de corpos para o trabalho - não mais na África, entre os africanos em Londres. O multiculturalismo acaba na monocultura do trabalho. O leste europeu entrou no império. A China é um protetorado - ou era, até chegar a crise. A crise isenta o ocidente (o porto seguro e de referência para as Classes Médias Globais, donas do planeta) de proteger a China; um bom negócio para quem tem dívidas com o vassalo é se declarar insolvente. O que pode fazer o vassalo? Nem passa pela cabeça dos chineses invadirem os Estados Unidos uma vez que todo mundo, diz a monocultura, é livre para comprar quando quiser. Cabe aos Chineses com seu trabalho suprirem o mercado. Grandes plantations: de mão de obra bruta e lapidada. Como sempre, não existe capital sem trabalho. A estrutura pós-colonial abre também umas fissuras novas, há outros esbarrões, outras microculturas. Mas não é bem que o pós-colonialismo não é colonialista.

O Brasil é um império de si mesmo - tem mão de obra para produtos a serem vendidos baratos no centro do mundo e para abastecer sua Classe Média Global que não precisa importar uma comunidade armênia, indiana ou nigeriana para o centro do Rio. O senso de integração nacional - monoculturalíssimo - não foi suficiente para que o senso de harmonia e consenso tranquilizassem todos. Mas há outros mecanismos para a monocultura do trabalho se estabelecer: mafias, extermínios, bope, indústria cultural, um forte senso de baixa cultura. Aqui também há infiltraçoes, erros de cálculo. Mas não é bem que por aqui estamos alheios ao colonialismo.

É assim, é?

tirsdag 27. januar 2009

Gaza: Shoah?

Hoje em Granada preparavam um dia de Shoah, falando de Gaza. Ali um massacre constante, latente com laivos de intensidade antes das eleições ou quando o governo americano está para fraquejar. (Até imagino porque o Hamas não gosta de Olmert, Sharon, Livni, eles retiram os escudos humanos israelenses de Gaza para bombardear depois, eles promovem eleições para não aceitar os resultados etc. Mas não se trata de julgar o Hamas, ou se trata?) Gaza está sendo um enorme engenho de homini sacri. Não é comparar com o Shoah, é tentar não deixar que nada que se assemelhe aconteça - vale a pena que aconteça?

Um Aharon Shabtai retirado do meu post no bucalumbrello de uns dias atrás (bucalumbrello.blogspot.com):

"War"

I, too, have declared war:
You'll need to divert part of the force
deployed to wipe out the Arabs --
to drive them out of their homes
and expropriate their land --
and set it against me.
You've got tanks and planes,
and soldiers by the battalion;
you've got the rams' horns in your hands
with which to rouse the masses;
you've got men to interrogate and torture;
you've got cells for detention.
I have only this heart
with which I give shelter
to an Arab child.
Aim your weapon at it:
even if you blow it apart
it will always,
always mock you.

mandag 26. januar 2009

Lotterism

I was wondering why can't we have power lotteries. The senators, for instance, selected through a lottery procedure. Like they did in old Athens. Why don't we leave power to be distributed by chance? Is power taken to be beyond randomness? It seems like power has a sacred connection to its bearer: it's more immanent than money. Power constitute someone: a shadow of necessary connection ties power to its bearer. The advances of capital bring randomness to power: the old story, there is no longer anything distinguishing the rich from the poor, only that the former happens to have the money. The diagnosis of Marx's Manifesto.

Maybe we should struggle for power lotteries. A lottery to be in the government, seating and voting in G20, in the senate.